sábado, 23 de maio de 2009

Sobre fazer caridade e dar moedas no farol

Eu sempre faço caridade e nunca precisei contar isto pra ninguém. Até porque, nada do que você faz se vangloriando te traz resultados positivos. É muito piegas quem faz e anuncia, na minha opinião, a não ser em casos específicos que precisem da doação de terceiros para algo maior.
Mas resolvi abrir sobre o pouco que fiz hoje aqui no blog, para ver se as pessoas se animam a ingressar na causa, visto o egoísmo e orgulho que imperam nos seres que conheci, e por prega do destino, convivo nos últimos tempos.
Minha emprega acabou de sair daqui de casa. Vimos "Antes de Partir" juntas, deitadas na cama e comendo pipoca. Depois fizemos uma redação sobre o filme, tirei suas dúvidas de português, de inglês e de matemática. Coisas tão simples que para quem sabe podem paracer chatas, mas coisas que valem a pena se fazer, mesmo se você pudesse estar vendo Vik Muniz no MASP no mesmo tempo.
E vou te dizer o porquê. Como dizia minha avó, arte e conhecimento qualquer um adquire, mesmo que em doses diferentes. E para mim, voltar no tempo e ajudar uma pessoa que tem força de vontade para chegar lá, é tão nobre e cultural quanto ver Vik Muniz. Ou seja, não me arrependi nem um pouco de passar o resto da tarde aqui com ela e de deixar pra ir no MASP amanhã. E sim, estou atrasada para ver a exposição.
Mas querendo ou não, adquiri conhecimento em dobro, pois com o outro, você sempre aprende mais. Aliás, acho uma pena pessoas que não pensam assim, ou que não possuem NADA disto em sua essência.
Põe em xeque tudo o que penso sobre a vida, porque no meu ambiente de trabalho, por exemplo, uma pessoa vai totalmente contra estes princípios. Ou seja, ao invés de poder dar um pouco do seu tempo, da sua cultura, da sua inteligência às pessoas que estão em sua volta, ela faz de forma arrogante, petulante e grosseira. Tal como se só ela soubesse fazer, como se só ela tivesse as soluções para os problemas do mundo e como se você fosse a eterna criança que não sabe que por o dedo na tomada vai dar choque. Por vezes, chega a ser falta de respeito, sem nem se dar conta de que suas atitudes grosseiras gera grosseirismo. Pode parecer engraçado mas ela sempre espera uma resposta simpática e passiva à sua atitude ríspida. E sim, você tem que ser simpático senão, meu bem, você precisará abaixar a sua bola.
Então, saber que fiz hoje uma coisa que é da minha essência e diferente da dela, me faz sentir forte para enfrentar esta energia toda que poderia me deixar para baixo. Mas não, eu não vou morrer na praia.
Vou continuar fazendo caridade e vou continuar dividindo o pouco que sei com as pessoas.
Fica aqui a mensagem para todos vocês, que dividir, ensinar, mostrar que é certo e errado é tão grandioso e caridoso quanto dar moedas no farol. É muito mais digno e honesto. 
Já esta outra pessoa, com certeza ela vai continuar dando aos seus amigos de trabalho e funcionários, moedas no farol.

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